Tudo o que precisamos é de alguém em quem confiar.
Porra que é mesmo!
Que nos faça sentir quem somos, na gargalhada e no roubar de casa para ir ali fazer nada. Falar de nada.
Concordas comigo?
Queres a respiração que ao teu lado experiencia as coisas com a inocência da primeira vez. O entusiasmo da primeira vez para ir ao café da esquina.
Precisamos de olhos em que se veja vontade. Vontade de estar contigo. Comigo. Com ela. Com ele.
Mas.
E se, porque sim, porque não, porque simplesmente assim é, por catástrofe, aquele espelho tão teu, mesmo com todas as vossas diferenças, não era assim tão espelho, não era assim tão verdade, não era. Foi sempre assim. Obscenamente não verdade.
E tu. E eu. Inofensivamente inocentes. Defensores da história perfeita.
E de repente, Esse, Essa, os que faziam sentir todas as coisas boas, viram água morna.
Já não ferve mais em mim. Não ferve mais em ti. Não borbulha. Ficou uma coisa assim assim. Passou a fazer-te sorrir assim assim. Passaste a não querer os cafés assíduos. Passou a custar-te olhar-lhe nos olhos. Perdeste um pouco daquilo que é mais precioso em ti, a tua inocência. Essa que te torna melhor no meio de muitos.
E porra que é mesmo verdade, a confiança tem este poder avassalador. O de unir para sempre. E o de separar, mesmo que perto fisicamente.
Aconteceu-me na amizade. Ficou a história. Não foi a história perfeita. E o que eu queria que fosse a perfeita, com os seus arrufos e guitarradas, até ser velhinha.
*
Sabes… tudo o que eu preciso é mesmo de alguém em quem confiar. A partir daqui, só podem acontecer as melhores coisas do mundo.
Não consigo abdicar dela… desculpa-me. De coração.
*
GR
*CONFIANÇA*
Em pouco tempo, a cada dia que leio o que escreves, percebo que colocas muito de ti, uma imagem que me surpreende em cada texto, um olhar simples que pensava que seria quase impossível encontrar, fico contente por ver que ainda existe alguém que acredita no por do sol à beira mar, no vento de fim de Agosto, na liberdade de abrir os braços à beira mar, fechar os olhos e sentir, ouvir o mar, sentir o seu cheiro… Parabéns por existires 😀
Muito obrigada António pelo feedback… é importante para mim saber quem se identifica e como, com as minhas palavras. Obrigada! 🙂