Antes de ti, oh antes de ti…
Vieste com a paz, o chão, o céu e as estrelas. Vieste com a vontade de pôr a mesa, comprar a carpete e com a ânsia, antes rara, de ficar em casa. Falo da minha vontade, trouxeste-ma, que não a tinha. Que abençoados havemos de ser por vivermos isto, agora, na mesma sintonia. Nos intervalos, do nosso ninho, havemos de conhecer o mundo de mãos dadas. A nossa casa cheira a flores. Apeteceu-me dizer isto agora, as casas que cheiram a flores têm vida, ou pelo menos, a mim, parece-me sempre que a têm. Por isso a nossa merece ter flores.
Tenho ido muito ao cinema, sabes, enquanto vou existindo serve-me de abrigo. Viajo por cabeças de outros e volta e meia vêm-me as emoções aos olhos. Tu sabes o que eu gosto de sentir as coisas. Se não sabes vou contar-te. Vou contar-te tudo. E, na sala de cinema, ouvem-se e sentem-se coisas mágicas, a arte é definitivamente a melhor fórmula do homem. Meu bem, meu amor, concordas comigo? “Antes de ti, tinha apenas uma pequena ideia de quem eu era”, ouvem-se coisas destas e todas elas são ali, na tela, na sala e na minha cabeça, verdade.
Antes de ti, oh antes de ti, meu amor… construo uma história e trago-te comigo mesmo sem conhecer-te ainda. Antes de ti, meu amor, imagino.
Gabriela Relvas
Existem várias formas de escrever, de unir as palavras tornando-as em frases e acima de tudo “prender” quem as lê como se nunca existisse um fim. Eu gosto da tua, De como as tuas crónicas prendem-me a cada frases e a cada parágrafo que fazes, mas o mais engraçado é que quando as leio, oiço a tua voz. Nunca fui de escrever, sou sempre de rabiscar, mas quero inspirar-me nas tua crónicas para começar a escrever mais no meu blogue. Por cá entre sapatos e rabiscos, fico há espero de mais uma crónica. Beijinhos do sul, Bela
Que palavras que enchem o coração. Obrigada, obrigada, obrigada! O dia vai correr melhor! E sim, escreve! Do desenho à escrita não vai uma diferença grande.
Antes de te conhecer eu nunca tive de escolher. Arrisquei em tudo e não senti dor,
Mas eu nunca senti amor,
Nunca antes eu senti essa alegria!
Triste… mas muito bonito.