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Saí de casa sem compromissos e destinos programados. Fui dar a Alfama. E foi no imprevisto que encontrei a escolha mais acertada. Ficar ali, nas Portas do Sol, a ouvir das melhores coisas que ouvi ultimamente. A guitarra folk do Warren e a guitarra portuguesa do Acácio, a fundirem-se na perfeição. As pessoas que por ali passavam, ficavam. Tal como eu, estavam sensibilizadas.

O Warren disse-me que Alfama o inspirava e eu posso garantir que aquelas duas guitarras, nas mãos daqueles dois seres humanos, inspiraram muita gente.

Eu tive vontade de saber tocar, só para ter um quarto daquele prazer. Eles estavam de facto a concretizar o sonho para o qual foram chamados. É tão bonito estar apaixonado!

Alfama aconteceu-me neste dia. E perdoem-me os que lhe conhecem melhor os cantos, isto foi tudo acontecendo, como quem vai com a maré (às vezes sabe bem ir com a maré, quando a maré é boa). Nada esmiuçado, muito sentido. Tenho que ir com mais tempo, até porque sinto que aquele lugar é merecedor de todas as atenções. O Acácio falou-me da fado vadio da Baiuca e a ideia ficou a marinar.

Fiquem com os bons encontros que fiz. Uma Alfama jovem, tão jovem quanto surpreendente.

Gabriela Relvas

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