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O Alentejo está no 52º lugar da lista da revista Lonely Planet Traveller como um dos melhores locais do mundo para passar um fim de semana. E eu, que não conheço o mundo como gostava de conhecer, vou basear-me no chão que conheço para dizer: o Alentejo é o fim de semana mais perfeito de qualquer lista.

Porquê?

Eu explico (com o coração, desculpem-me, move-me uma grande paixão). É o refúgio com mais terra e mais céu, com mais natureza desenhada na reta que nos leva ao destino. É o chaparro sozinho no sol e no frio, em cima do tapete que não termina e muda de cores como os santos que se vendiam nas feiras, emprestados à magia da temperatura. Ora verde, ora dourado.
Deixa-nos ali, no chaparro, o pensamento, a admirar quem sabe estar só e não se deixa cair. Rechonchudo como uma nuvem, pacato, despretensioso. E fica-se com o retrato por dentro dos olhos para sempre. Basta atravessá-lo uma vez. E fica-se com a vontade de abraçar o sobreiro, parar o carro no asfalto, saltar a cerca, correr muito até onde ele está, correr tanto, muito e tanto outra vez, para poder chegar até ele e dizer-lhe, que bonito que tu estás aí. Queria apenas fazer parte do quadro contigo. Fazer-te companhia, sei lá. Sentir a tua perfeição de perto e beber do teu sereno um bocadinho.

De região maior de Portugal a menos habitada. Muito quente e gelada. Ora tanta planície ora um monte que a engraça. E no litoral a praia. Asseada, limpa e branca como as casas das vilas distantes que lá moram como os chaparros.

O Alentejo tem na diferença a harmonia. E tem que ser atravessado pelo menos uma vez na vida.

Para delícia dos forasteiros, português ou estrangeiro, somos um ótimo país a receber. E o Alentejo sabe receber. É bonito e apresenta-se bem, muito bem. Hotéis de charme, herdades, quintas, montes, casas rústicas, verdadeiros diamantes no que diz respeito a estadia. O luxo contrasta com a paisagem ainda que com o mote de turismo rural. Mas acreditem, é um doce e imperdível contraste. É como que encontrar tesouros que se camuflam na paisagem para não serem levados dali. Quem ali fica, eternizou a estadia.

Mas o que o Alentejo tem de verdadeiramente interessante é o de dar sem dar conta. A toda a hora. A cada passagem. A quem fica e a quem não fica. Move-me este motivo para dizer que os bolsos mais preocupados têm na estrada o melhor dos passeios. Faça sol ou faça chuva, cortar aquela planície de carro lava a alma de uma maneira que só ela. Portanto, não há desculpas. O fim de semana também é só sábado, ou só domingo.

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As Minhas Escolhas

A CIDADE
Visitem a cidade de Évora. Sem dúvida. Respira e transpira história. Facto que lhe vale o epíteto de Cidade-Museu.

A VILA
No distrito de Évora, concelho de Reguengos de Monsaraz, está a Vila de Monsaraz, que se ergue sobre uma pedregosa escarpa. Vale a pena a viagem até lá. É a fotografia perfeita.

A CAMA
Sky Suite L’And Vineyards. Este lugar é mágico e inesquecível. Acredito que no inverno consiga ganhar mais pontos ainda. O seu isolamento, o jogo de cores e as lareiras, as vinhas, o céu, o cheio a terra. O charme.

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O VÍDEO

O vídeo é apenas uma ideia do que podem fazer em dias cinzentos. Façam-se à estrada!

Eu não pernoitei por Montargil, mas se o pretenderem recomendo vivamente o Lago Montargil & Villas.

*Gabriela Relvas*

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