Skip to main content
0

Tive a sorte de entre todos os lugares do mundo, darem-me Portugal de presente. País de distâncias curtas e ofertas imensas. Se quero magia, tenho Sintra. Lugar que dispensa planos. Quem aqui vem deve perder-se nas horas.

 

Sintra existe assim sempre. Apaixonante. Incomparável. Irrepetível.

Recusa a ser cidade e prefere ser vila. É lenda e não se pode recusar a ser. Não é sequer negociável. Este lugar foi feito para o Poeta.

Palácios, parques, casas senhoriais, bosques. Em tempos o sonho da realeza portuguesa no verão. Hoje o perfeito escape ao calor citadino, à azáfama, ao cansaço, para mim e para ti. O encontro com o sonho, a época do nosso imaginário, o jardim mais que perfeito, pincelado de cores aqui e ali, no seu sobe e desce pela serra.
Vegetação forte, dona do que lá está. E o clima, esse parece ter sido convidado para aquele cenário. Ali a radiação diminui, a luz é sinistra. Cinza e lilás perfeito.

O centro histórico é pitoresco. Atreve-se ao som do fado. E o doce vai na mão, quer-se acabado de sair e quer-se outro outra vez. Aqui o travesseiro é Rei e a queijada a Rainha. Eu escolho o travesseiro, mas com a Rainha também não se fica nada mal! A Piriquita é a casa que conheço que os vende melhor, mais especiais, pela receita secreta, um negócio de família que vai longo, já na sétima geração.

Com tempo, em Sintra, a Quinta da Regaleira merece ser visitada. Lugar de jardins extravagantes, lagos elegantes, grutas e cavernas misteriosas. Sem tempo, ou sem vontade de ser forasteiro, deixa-te simplesmente pela vila histórica, passa lá a tua tarde e depois conta-me se valeu a pena fazer nada em Sintra. Ali o verbo estar vale a pena. Simplesmente estar.

Estes são os meus olhos. Mas vai lá com os teus. Prefere o Palácio da Pena à Quinta da Regaleira. Gosta mais da queijada ao travesseiro. Mas vai.

Porque quando existem coisas assim, é de ficar um tempo nelas.

GR

G0041935-01

 

Upgrade-AVP Annuza

Leave a Reply