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Não é num tolo acaso que partilho este vídeo. Queria celebrar o mais perto possível este dia, o Dia Mundial do Livro. O dia em que nasceu e morreu Shakespeare, que da morte só lhe ficamos com a data. Há pessoas que nos deixam a herança toda sem quererem saber se somos ou não da família. Os livros que nos são dados, feitos de isolamentos prolongados, egoísmos necessários e loucuras imprescindíveis, têm esta generosidade impregnada, são-nos sempre dados no fim. Cabe-nos a nós cuidar e crescer com eles, como bem entendermos. É a relação mais livre e dependente que conheço. Dá-nos a curiosidade como mais nenhuma outra nos dá.

Deixo-vos então à liberdade para ouvirem e verem, é uma crónica do livro A Ilha da Formiga e também não foi escolhida num tolo acaso. Não me levem a mal de ser uma crónica demasiado triste, num período também triste. A intenção é a melhor. Escrevi-a em 2017, gravei-a agora, há umas horas. Lembro-me tão bem da minha sede de viver de outra maneira que não aquela, esta?, do mundo não me fazer sentido como vai, ia, vai? Já não sei como vai, mas nesta confusão esta vontade que não vá lá parar ao mesmo. Criei uma Ilha por falta de encaixe, por falta de amor, por falta de silêncio para poder ouvir os pássaros a cantarolar alegres e vivos. E agora? A esperança de que saibamos aprender alguma coisa.

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