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Eu tenho desejos de lugares que me entram pelos olhos e permanecem na minha memória como a pintura perfeita. Aquele cruzar da natureza com a mão do homem, com história, com raízes. Belém é assim.

Hoje diferente do que começou por ser.

A Torre de Belém dos nossos dias tem terra firme a norte, a nascente e a poente. A sul, o Tejo. Mas antes todo o seu perímetro ficava rodeado pelo rio! Ele foi arrastando consigo a areia, alojando-a à sua volta.

Acho que a terra se apaixonou por ela, bonita de mais para ficar longe.

Projetada para integrar o sistema defensivo da Barra do Rio Tejo, começou a ser construída em 1514 (início da Idade Moderna), ficando concluída a 1520.

Basta olhar a arquitetura da Torre para perceber a extravagância que era vivida em Portugal, nos tempos em que este nosso chão era uma potência global!

Classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, classificação conjunta com o Mosteiro dos Jerónimos, é uma delícia para os olhos! Experimentem parar por ali. Sentem-se a ouvir o rio, porque ali o rio ouve-se e vem com vozes de tempos de glória.

E se forem dos meus… dos gulosos e insaciados, podem estar ali sentados com uma caixa recheada de Pastéis de Belém, a ganhar calorias, anos de vida e um sabor que fica para a vida toda. Vão querer repetir, porque destes, só ali, naquele lugar mágico que desde 1837 os fabrica da mesma forma artesanal, segundo a antiga receita do Mosteiro dos Jerónimos.

Querem saber mais? Vejam o vídeo. Prometo que as imagens são doces, doces, doces!

P.S. Não se preocupem com as calorias (aliás, comparados com a doçaria portuguesa eu diria até que são pouco calóricos) porque Belém tem um chão enorme a ser percorrido. E na verdade, a ganhar calorias, que seja com pinta! E saborear um produto de qualidade, a ferver de história, com vista Tejo e Torre, tem muita pinta!

Façam o favor de sair de casa! Temos um Portugal maravilhoso que não se gasta.

A nossa vida, sim, gasta-se. Por favor, que seja com coisas boas.

Gabriela Relvas

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