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A imagem que mais me fica é de Djemaa el-Fna, nestes 3 dias onde o tempo parecia não ser suficiente e esticou para quase tudo. É aquela praça que fica. Homens de macacos ao ombro a cobrar moedas, vendedores de pão e lamparinas, encantadores de cobras, vigaristas e malabaristas da palavra. Lamentavelmente as imagens que captei na praça não chocam de frente com esta verdade que me fez viajar até coisas que acontecem no cinema. Existe esta enorme falha no vídeo (além do som não ser uma delícia e eu ser uma operadora de câmera terrível, se é que posso chamar câmera). Tive que fazer escolhas, entre elas, viver as férias, respeitar o lugar (que no caso das mesquitas pedia concentração) e evitar que negociassem comigo as filmagens em troca de dirhams (precisava de regressar a casa e ainda queria ter a experiência do mercado). Ainda assim, parece-me que vão ficar com um cheirinho muito fiel. Enquanto fazia o corte e o cola e o borbulha (borbulhei uma quantas vezes, eram muitas imagens e fiquei muito tempo sem pegar nelas) senti o calor ardente de Marraquexe. E, Marraquexe ferve. Ferve em muitas línguas, em tagines temperadas com canela, açafrão, gengibre e pimenta.

As 3 loiras não se vão esquecer. 🙂

Gabriela Relvas

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